quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mar de Rosas


O sol reflete na areia
Parte de minha vida.
E nesse reflexo,
Vejo com clareza quem fui
E quem definitivamente ainda sou.

Parte de mim mira o horizonte
E parte de mim se reparte...
Quebra-se em pedaços pequeninos
Que insistem em se juntar.

Vão e voltam nas ondas do mar,
Juntam-se e se isolam
Feito pedras a rolar.

A areia é quente muitas vezes.
Arde e queima deixando vestígios.
Vestígios os quais insisto em apagar...

O vento sopra como uma leve brisa
Servindo para amenizar as dores de uma alma triste,
Mas que suavemente recobra-se,
Refaz-se, sem ao menos eu tentar...

O dia está chegando ao seu fim
E o mar me traz você, que surge do infinito,
A me procurar...

Os olhos de minha alma
Persistem em não acreditar
Que o dia pode ser lindo sim,
Mesmo com o sol ardendo em febre...
Mesmo que ele tenha fim.
Mesmo que a noite cubra todos os amores da Terra.

Ainda que me afogue nesse mar de rosas,
Ainda que me falte o ar...
Mesmo que me falte tudo, tudo,
Você, você jamais pode me faltar...

O sol voltará amanhã, eu sei.
Arderá novamente, também sei.
Mas entendo agora, que o caminho a trilhar,
Esse, esse pelo menos eu tentei...

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