terça-feira, 27 de setembro de 2011

Esperança

Desde pequenos, aprendemos a observar que aquele bichinho verde, do qual tínhamos medo, não se devia matar. Uma, porque era inseto, e como tal, filho de Deus. Outra, porque significava para os adultos, e nós crianças por extensão, a tão cobiçada esperança.
Pois bem. Que a esperança é a última que morre, todos sabemos. Afinal, quando a gente se vai, ela nos pronuncia o derradeiro adeus.
O que nos enche de alegria os corações talvez, seja o fato de um bichinho verde, de proporções tão ínfimas, seja a representação de algo tão maior, que devemos cultivar em meio a tantas desgraças pessoais, tantas idas e vindas sem fim, tantas amizades quebradas ao longo de um tempo , tantos amores perdidos, tantas perdas...
Pois que esse bichinho verde continue a nos acompanhar até o fim de nossos dias, até que fechemos os olhos, até que vejamos Deus em sua real essência.
Que cheguemos ao fim de tudo, e saibamos que absolutamente tudo  valeu à pena.
Que nossa alma nunca se perca que nosso espírito encontre a paz que precisa para vivermos bem com todos e com nós mesmos.
Que quando cheguemos a casa, nossos corações se encham de alegria por encontrarmos nosso porto seguro.
E que esse nesse porto, aportem quantos navios forem necessários para uma grande viagem. Viagem da qual não nos podem furtar, pois já estamos de malas prontas.
Que esse bichinho verde, que aparecia bem mais na minha infância, é verdade, dê o ar de sua graça quando em vez, para que eu me lembre de como era fácil ter medo dele e, ao mesmo tempo, querê-lo sempre à frente de minha vida...

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