sexta-feira, 3 de abril de 2015

Pão da Vida

Iluminado encontro este de outrora
que trouxestes em cesta enriquecida
diante da infinita sede de amor
e da demora...

Partes ao meio tal deleite
sem recheio ou dúvida que enfeite
a alma lânguida e tranquila...

Esqueces porém necessitado recheio,
de verdades cruéis e pragmáticas,
desvendando receita enigmática,
do fel a transbordar...

Recorres a pães saborosos,
que adornam mesas perplexas
de gosto fiel a duvidar...

Repartes sem medo devido encanto,
que , sem ruelas imaginárias
ou azuis de céu em prantos,
despede-se , por hora, a desejar...

Revela-se então, pão da vida a amar:
quem nunca , dantes apreciou bem adorar?
Fazes e refazes tuas receitas, repetidas em novas mesas...
Toalhas de linho e taças de cristal,
denotam no entanto, a leveza do papel...
E como tal, voa fácil, ao vento,
adocicado de mel...


Nenhum comentário:

Postar um comentário