No fundo do abismo em que me encontro
reencontro meu eu e me remonto:
Há em mim eterno exame
de uma alma, que perambula ainda constante,
no minuto do voo de um instante...
domingo, 5 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Pássaro Negro
Pássaro Negro
Quando teus olhos cruzaram os meus,
não havia rancor nem piedade.
Havia um querer-sem-querer sem crueldade
que só meu coração entendeu...
Quando tua boca imaginária encostou na minha,
despi-me da tal famosa sanidade
que me acompanha , ilusória, sem maldade,
que só meu corpo acolheu...
Quando teu adeus chegou mansinho...
sem tortura, nem reflexão...
avistei o abismo em que me encontro:
voar tal pássaro negro ao teu reencontro,
custaria nada menos que teu abandono...
Quando te vi, no alto e singelo...
a voar, sem destino ou flagelo,
trouxe-me o chão, outrora verde e firme,
na figura que me afaga o coração...
tuas penas negras furtaram meu sorriso
e me deixaram no chão em que congelo...
Pão da Vida
Iluminado encontro este de outrora
que trouxestes em cesta enriquecida
diante da infinita sede de amor
e da demora...
Partes ao meio tal deleite
sem recheio ou dúvida que enfeite
a alma lânguida e tranquila...
Esqueces porém necessitado recheio,
de verdades cruéis e pragmáticas,
desvendando receita enigmática,
do fel a transbordar...
Recorres a pães saborosos,
que adornam mesas perplexas
de gosto fiel a duvidar...
Repartes sem medo devido encanto,
que , sem ruelas imaginárias
ou azuis de céu em prantos,
despede-se , por hora, a desejar...
Revela-se então, pão da vida a amar:
quem nunca , dantes apreciou bem adorar?
Fazes e refazes tuas receitas, repetidas em novas mesas...
Toalhas de linho e taças de cristal,
denotam no entanto, a leveza do papel...
E como tal, voa fácil, ao vento,
adocicado de mel...
que trouxestes em cesta enriquecida
diante da infinita sede de amor
e da demora...
Partes ao meio tal deleite
sem recheio ou dúvida que enfeite
a alma lânguida e tranquila...
Esqueces porém necessitado recheio,
de verdades cruéis e pragmáticas,
desvendando receita enigmática,
do fel a transbordar...
Recorres a pães saborosos,
que adornam mesas perplexas
de gosto fiel a duvidar...
Repartes sem medo devido encanto,
que , sem ruelas imaginárias
ou azuis de céu em prantos,
despede-se , por hora, a desejar...
Revela-se então, pão da vida a amar:
quem nunca , dantes apreciou bem adorar?
Fazes e refazes tuas receitas, repetidas em novas mesas...
Toalhas de linho e taças de cristal,
denotam no entanto, a leveza do papel...
E como tal, voa fácil, ao vento,
adocicado de mel...
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