A beleza sertaneja
não está no chão rachado
nem tampouco suado
daquele que nela trabalha.
Sua proeza vem de encontro
ao céu sempre azulado
sem chuva ou previsão
daquele que ara a terra com a mão.
Ele olha pro céu e contempla
o azul que não quer escurecer...
Mexe a terra e se contenta
com o lindo entardecer...
Pensa que seria bom muita água
pra seu consolo e plantação
Ora, pede e reza
sozinho ou em multidão.
Esperança cultivada
dia após dia,
sem cansaço, dor ou ira
contenta-se com o que tem
às vezes até com alegria...
É assim que vejo meu sertão:
embalado na prosa e no verso
de um povo amado e sofrido
que se basta na poesia dentro de meu coração...
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