quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Estrelinha
Vinde à mim estrela pequenina,
Vinde à mim, me faça companhia.
Vinde estrela majestosa,
Vinde e faça tua luz minha guia...
domingo, 27 de novembro de 2011
Folha de mim
Não te curves diante do abismo
para não serdes levada com o vento.
Deixai a folha cair,
a seu contento...
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Jardim
Me dou e sirvo de minha alma
sofrida e amargurada em uma lamento...
Esperança contida em sofrimento
que nem cabe em mim nesse momento.
Me dou e sirvo-me de mim mesma,
a tudo e a todos complemento...
Cheio o copo, esvai-se a alma,
fluídica e amorosa a caminhar,
por entre flores de um jardim a florescer
que nem a mim nem a você cabe esquecer...
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Sertão do meu sertão
O sertão do meu sertão é assim:
um dia o começo,
outro dia sem mim.
O sertão do meu sertão,
secou tudo o que tinha.
Não tem lágrima a pingar
nem motivo pra chorar.
O sertão de meu sertão,
faz coisas que nem acredito:
chove em dia de sol,
arrebata meu coração no grito!
O sertão de meu sertão,
nunca pra mim diz não.
Faz o impossível acontecer
e meu sonho estremecer.
O sertão de meu sertão
vai continuar assim:
isolado aqui no Rio,
em uma saudade sem fim...
um dia o começo,
outro dia sem mim.
O sertão do meu sertão,
secou tudo o que tinha.
Não tem lágrima a pingar
nem motivo pra chorar.
O sertão de meu sertão,
faz coisas que nem acredito:
chove em dia de sol,
arrebata meu coração no grito!
O sertão de meu sertão,
nunca pra mim diz não.
Faz o impossível acontecer
e meu sonho estremecer.
O sertão de meu sertão
vai continuar assim:
isolado aqui no Rio,
em uma saudade sem fim...
domingo, 13 de novembro de 2011
Quem sou eu pra te dizer o que é amar?
Quem sou eu pra te ensinar a se doar?
Quem sou eu pra te ver a contemplar?
Quem sou eu pra te fazer a realizar?
Sou apenas mais uma que ama,
Sou apenas mais uma que encanta,
Sou apenas mais uma que enxerga alguma luz
e as dores espanta...
Espanto com amor a fúria da dor,
Espanto com calor, a tristeza da solidão.
Espanto com carinho a falta de fé,
E trago junto a mim, a verdadeira compaixão.
Doo o que posso, sem me ferir,
Faço o impossível, sem magoar,
Tento de tudo , o pouco realizar,
Com amor e fé a me abençoar.
É por isso que me escondo,
Porque também sei, que nunca te encontro.
Será o caminho errado , ou porque estou longe,
E se assim o for, em qual estrada te busco?
A verdade é cruel por demais...
Tu estás distante de meu coração saudoso,
Mas nem por isso, canso de em ti pensar.
Vou caminhando, meio que tristonha,
Pensando assim: vou te encontrar...
E neste dia de sol estaremos juntos
felizes e risonhos,
Pensando então: o que houve dantes?
Aí saberemos que aquele lá de cima,
nos fez andar por demais e todavia,
para quando comigo,
realizarmos nosso sonho...
De sermos felizes, apesar da distância,
De sermos nós mesmos, apesar da diferença.
Que nos faça logo e então contentes,
Pois a saudade, a saudade em mim constante,
Já dói por demais e me consome,
Aquilo que fui, um dia em tua presença...
Infinito
O amor não exige limites e nem se expõe a tal. Para o verdadeiro amor, não há fronteiras, muito menos horizonte. Ao contrário, ele caminha fluídico, sem pressa, sem compasso de espera,pois aquele que ama, que tem o amor dentro de si, para este não há fim. Há apenas o início. O início de uma vida colorida e perfumada que se abrilhanta a cada passo dado, sempre de mãos dadas; e para tal, não há horizonte, pois este significa atingir o fim. E para o amor, aquele amor, aquele, somente aquele, nunca haverá fim. Apenas inúmeros dias de recomeço absoluto...para amar, amar e amar...
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
O peixe do meu sertão
Num adianta olhá,
num adianta pedir.
Lá num chove seu moço,
só há imenso porvir.
Num adianta rezá,
num adianta chorá.
De lá ninguém se se dá conta,
nem vai pra amá.
Quem nasce lá , seu moço,
tem o destino traçadu,
meio louco e adoidado,
de uma vida por vir.
Mas mesmo assim, seu moço,
meu sertão num dexo não.
Foi lá que criei meus fio,
com farinha, mel e pão.
Então vai-se embora seu moço.
Tu aqui num pertence não.
Vai e diz pra todo mundo,
que só nóis aqui tem chão.
Chão arado e quente,
da enxada enferrujada.
Que machuca a mão da gente,
mas que cria a fiarada.
Pois então seu moço, se apresse,
vai rápido e veloz que o vento,
Vai e diz pra tudo que homi
que nóis aqui vevi a contento.
Nóis pode num tê chuva,
nóis pode só tê sol.
Mas num falta aqui pra nóis
peixe no nosso anzol.
É , seu moço, aqui tem peixe,
mesmo com o chão quente que de dia reluz.
Porque aqui nóis num tá só
tá na companhia de Jesus...
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Flores de meu Jardim
Passeio por uma estrada florida
de caminhos tortuosos.
Disseram-me para não parar
pois essa estrada é minha vida.
E assim o fiz.
Continuo andando,
repleta de planos
como Deus quis.
A estrada é muito longa e cansativa.
Encontro gente de todo o tipo:
pobres, ricos, maus e bons
e outras tantas que me cativam.
"Lá no fim há de ter sol", argumenta um.
" Vem chuva por aí", diz o pessimista.
Não avisaram a este que com amor
a tudo se conquista?
Ao lado da estrada tem uma mata verde
completa minha vida com seus sons
espanta meus medos com leveza
e abrilhanta meu ser com seus dons.
Dom de fazer o outro rir,
dom de perdoar a quem não queria.
Mas de tudo , de tudo só me lembro
que tudo a fazer eu podia.
Podia ser feliz, sem ser,
Podia ser de qualquer tamanho minha alma.
Fiz o que pude então:
criei meu caminho sem temer
e guardei todos em minha palma.
Assim, quando me sentir só novamente,
poderei abrir as mãos e de repente,
olhar para o caminho que percorri assim:
ver nele flores vermelhas bancas ou azuladas
e um jardim imaginário sem fim.
Aí talvez, quem sabe, encontre uma flor dentro de mim...
Assinar:
Postagens (Atom)