Queria despir-me de toda a ilusão que trago em mim.
Retirar da minha alma a dor e a tristeza da solidão.
Queria relembrar somente a jornada no trem da gratidão...
Desejaria revelar meu ser impuro, repleto de doce submissão,
E conter dentro de mim somente a mansidão.
A mansidão dos retos e justos , que com Cristo estão.
Queria tanta coisa e sonho tanto,
Que nem de olhos entreabertos duvido tanto...
Sonhos infantis e pueris de outrora,
Ganham força na extrema demora da concretização...
Mas para tudo há o tal tempo e hora.
Que meu ser seja confortado e embebido na reflexão,
De que somente quando eu vir a flor no chão, caída no outono eu me relembre,
Que sim, há momento e nuvem que eu vislumbre,
A tal doce ilusão e sonho da infância, se faça real e se apresente...
Somente assim e assim somente, parto desta vida para outra,
Não achando força que me prenda, me conduza ou me tormente,
Mas na paz e luz que me contente...